sexta-feira, 28 de março de 2014

Não está fácil!

Um café, por favor!
Um pedido tão simples e fácil de satisfazer se eu estivesse desse lado, em Portugal. Por aqui tem-se revelado uma autêntica missão impossível. Ainda não bebi um café como deve ser desde que aterrei em Sydney, a 8 de Fevereiro. Acreditem! O último foi no aeroporto de Lisboa, pouco antes de embarcar, e porque uma quebra de tensão quase me deixou 'estatelada' no chão.
As más experiências têm-se sucedido umas atrás das outras. Expresso. Ristretto. Short black. A desilusão é sempre igual. Provo e fico-me por ali. Logo para começar, falta-lhe aquele aroma. O sabor é amargo e a intensidade fraca. A espuma é pouca ou inexistente. Oh pá! Encho-me de expectativas e depois é o desânimo.
O mais caricato de tudo é que os 'aussies' estão constantemente a falar de café. Adoram ir a um 'deli cafe', oferecem café quando nos recebem em casa. Não se iludam. Um café para eles não é um café para nós. Quando um australiano vos diz vamos tomar um café, o que ele está a dizer é para irem beber um cappucino, um latte, um mocca, um flat white, um macchiato. Leite e café andam de mãos dadas. De uns para os outros variam as proporções dos líquidos e a espuma. Sim, não podemos esquecer a espuma. A quantidade, a textura e a cremosidade são fundamentais. A qualidade do barista (o responsável por preparar todas estas bebidas) pode ditar o sucesso ou não da casa. Por aqui, é uma profissão com saída. 

Latte versão copo

Cappuccino versão chávena

Fui remediando o problema com a ajuda da máquina de café cá de casa. É daquela marca a que o sr. Clooney faz publicidade. Não é de todo a mesma coisa e nisto sou uma purista do café. Mas há falta de melhor, as cápsulas iam ajudando a matar o bichinho. Azar dos meus azares, a máquina avariou há uns dias e não sei quando voltará ao activo. Muito bem! E agora? Afinal havia outra... uma máquina das tradicionais. Vamos lá dar-lhe o uso que ela merece. Comecei a ver a luz ao fundo do túnel. Ia finalmente beber um café. Não é possível! Tudo bem que é daquele de compra já moído mas em casa também uso desse e corre bem. Nem uma espuminha aparece na chávena. Estão a brincar comigo?
Conselho de amiga. Se estão a pensar vir até este lado do mundo, tragam um saquinho de café na mala. Se soubesse o que sei hoje, tinha vindo comigo.
Farta desta situação, tomei uma decisão... Cappuccino. No café ou na rua, em chávena ou versão take away. Small ou regular mas sempre sem açúcar.  Se não os podes vencer, junta-te a eles.

O meu cappuccino de hoje

Já sei o que vão dizer. E quando voltares para Portugal? Depois logo vejo. Hoje e agora é que conta.

See you soon! 

1 comentário:

  1. Oh Prima como te entendo, agora que tenho que evitar o café...
    É só descafeinados/cevadas e só uma vez por dia :-(

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